É ela que me chama que me faz deixar as alpercatas e senti-la.
Ouço seu grito de dor, ouço seu apelo.
Mostra-me suas queimaduras, e as cicatrizes incuráveis que carregas… São milhares.
Dou um passo à direita, e é como se eu lhe acariciasse.
As nuvens se formam, e começa a chover.
As águas que correm sobre ela mais parecem lagrimas de desabafo.
Tentei conforta-la, mas foi inútil, sua amplitude não me permite fazer isso sozinha.
Mas preciso ajudá-la. A ela que tanto nos deu e nos dá.
E o sol brilha agora e nos aquece… Deito-me sobre ela e ouço um murmuro que a princípio não compreendo, mas agora é mais forte e claro.
Ajudem-me a sobreviver! Ajudem-me a sobreviver!
Eu pertenço a você que me trata bem, que cuida de mim ao mesmo tempo em que eu cuido de você…
Não deixem que me tirem de vocês mais ainda… Terra é de quem cuida…
Não deixem que me maltratem mais ainda…
Terra é de quem cuida…
Não deixem! Não deixem!
É ela mesma que nos pede ajuda.
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